Taxa de laudêmio: o que é, como funciona e quem deve pagar?
A taxa de laudêmio é um tributo que incide sobre a venda de imóveis localizados em áreas públicas ou terrenos sob domínio da União, também conhecidos como terrenos de marinha ou sob regime de enfiteuse. É um tipo de compensação paga ao proprietário do terreno (a União ou um foreiro) pela transferência dos direitos de uso do imóvel para um novo titular.
O que é o laudêmio?
É uma taxa cobrada pelo senhorio (geralmente a União ou algum outro ente público) como uma contrapartida pela venda de imóveis construídos em terrenos sob seu domínio. A taxa não se refere à propriedade em si, mas ao direito de uso do terreno.
Exemplo de áreas sujeitas ao laudêmio:
- Terrenos de marinha: Faixa de até 33 metros a partir da linha da preamar (maré alta) de 1831.
- Imóveis localizados em áreas públicas sob concessão.
Como funciona a cobrança do laudêmio?
- Base de cálculo: O laudêmio é calculado sobre o valor total da transação (valor do imóvel, excluindo benfeitorias) ou sobre o valor venal do terreno, o que for maior.
- Alíquota: Geralmente, é fixada em 5% do valor da venda para terrenos de marinha, mas pode variar de acordo com o tipo de propriedade ou concessão.
- Momento de pagamento: A taxa deve ser paga no ato da transferência de propriedade, antes do registro da escritura no cartório.
Quem deve pagar o laudêmio?
- Responsável pelo pagamento: O pagamento é de responsabilidade do vendedor do imóvel, mas pode ser negociado com o comprador no contrato de compra e venda.
- Para quem é pago: Nos casos de terrenos de marinha, o valor é recolhido pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU).
Qual a diferença entre laudêmio e foro?
- Laudêmio: Taxa paga uma única vez, no momento da venda do imóvel, pela transferência dos direitos de uso.
- Foro: Taxa anual paga pelo uso contínuo do terreno, como um aluguel ou concessão de uso.
É possível evitar o laudêmio?
- Não é possível evitar o pagamento do laudêmio se o imóvel estiver localizado em um terreno que exige sua cobrança.
- Regularizações ou mudanças no regime de propriedade (como a compra definitiva do terreno da União) podem eliminar cobranças futuras, mas dependem de análise e processos específicos.
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